Farmácias municipais enfrentam desabastecimento de medicamentos

Falta de itens na Central de Abastecimento Farmacêutico afeta diversas unidades e tem previsão de normalização em até 15 dias

Jun 10, 2025 - 11:52
Farmácias municipais enfrentam desabastecimento de medicamentos
A escassez, inicialmente identificada na Farmácia da Zona Sul, tem sua origem na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) do município

Poços de Caldas (MG) - A rede municipal de saúde de Poços de Caldas tem enfrentado problemas com a falta de medicamentos, conforme informações divulgadas em resposta ao requerimento nº 1478/2025, do vereador Tiago Mafra (PT). 

A escassez, inicialmente identificada na Farmácia da Zona Sul, tem sua origem na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) do município, o que impacta potencialmente diversas unidades.

A indisponibilidade dos medicamentos na Farmácia da Zona Sul e em outras unidades é reflexo direto da falta desses itens na CAF, que é a responsável pelo fornecimento e distribuição de medicamentos a toda a rede municipal.

De acordo com o secretário adjunto de Saúde, José Gabriel Pontes Baeta da Costa, alguns medicamentos já tiveram seus estoques normalizados, como a insulina, o ácido acetilsalicílico (AAS) e os anti-hipertensivos nifedipino e isossorbida 20 mg. 

No entanto, outros itens essenciais para o tratamento da hipertensão arterial, como metildopa 250 mg, metoprolol 50 mg e carvedilol 3,125 mg, ainda estão em falta. A previsão é que o abastecimento desses últimos seja regularizado em até 15 dias.

A falta de medicamentos não se restringe à Farmácia da Zona Sul. Devido à origem do problema na CAF, todas as unidades de saúde que dispensam ou utilizam esses medicamentos em ambiente ambulatorial podem ser afetadas. 

Embora a indisponibilidade não seja imediata em todas as unidades, já que depende do consumo dos estoques existentes e de possíveis remanejamentos internos, a tendência é que o desabastecimento se estenda progressivamente caso a reposição não ocorra em tempo hábil.

As unidades potencialmente afetadas incluem Farmácia Central, Farmácia da Zona Leste, Farmácia da Zona Sul, UBSs e PSFs com dispensários de medicamentos e hospitais municipais.

Ações da Prefeitura
A Secretaria Municipal de Saúde já realizou a solicitação de compra dos medicamentos em falta, e a expectativa é que o estoque esteja normalizado nos próximos 15 dias. 

A Secretaria informou que adota a prática de realizar pregões para registro de preços como medida para garantir o fornecimento contínuo de medicamentos padronizados na rede pública.

Contudo, o secretário adjunto de Saúde ressaltou que interrupções no fornecimento podem ocorrer devido a fatores externos, como a falta de matéria-prima por parte dos fabricantes. 

Segundo ele, tais problemas estão fora da gestão municipal e podem, temporariamente, causar transtornos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

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