Ordem do Dia 02/06/25

Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Jun 1, 2025 - 20:28
Jun 1, 2025 - 20:53
Ordem do Dia 02/06/25

Não foram poucas as vezes que esta coluna criticou a política fiscal do governo Lula. Crítica precedida por outras, de diferentes analistas, mundo afora. 

A tais observações, Lula, pessoalmente, respondeu com desdém, soberba e com sua proverbial ignorância. Que se realiza através de um besteirol sem fim e na persistência da gastança. 

Esse comportamento, nitidamente populista, revela a marca do "campanheiro" e a inexistência do Estadista. 

Qual seja: as ações de governo visam a próxima campanha eleitoral. E não a resolução de desafios estruturais. 

A atual novela do aumento do IOF, imposto que o governo tenta manipular, seria mais um capítulo do descontrole macroeconômico. 

O governo chegou a confessar que haveria o risco da paralisação da istração pública, caso não se obtenha mais arrecadação. Tosco. 

Há quem diga que Lula estaria possuído pelo espírito do governo Dilma. A única diferença estaria em Haddad que, felizmente, não é Mantega. 

Não fosse isso, só Deus sabe onde estaríamos. Haja vista que Haddad tenta acertar, erra e muitas vezes recua. No governo Dilma havia somente o erro. E a desfaçatez fiscal. 

O último ato veio do mercado internacional, entidade demonizada por Lula. A agência Moodys rebaixou o Brasil, sepultando a possibilidade do país alcançar o grau de investimento, perdido por Dilma e sua política econômica devastadora. 

Não fosse o fato dessa mesma Agência, recentemente, ter rebaixado os títulos dos EUA, haveria uma chiadeira anti-americana. Uma espécie de surto psicótico de tipo ideológico. 

As razões que levaram a Moodys a rebaixar o Brasil seriam as mesmas das quais falamos há tempos: uma política fiscal irresponsável. 

A persistente inflação, que pune principalmente os mais pobres, seria um de seus indicadores mais cruéis. 
O quadro se torna mais complexo diante de outros números: o PIB observou um expressivo aumento e o desemprego nunca esteve tão baixo. 

Em que pese tais indicadores auspiciosos, a rejeição ao governo aumentou para 54%, segundo as últimas pesquisas. Com a palavra, o Sidônio. 

A aceitação do governo vai mal mas ainda longe do rejeição de Dilma. Para tanto, Lula teria que derreter mais 20%. 

Nesse caso, o fato de Haddad não ser Mantega seria irrelevante e o resultado das eleições de 2026 estaria contratado.

* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito istrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: [email protected] 

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