Ordem do Dia 02/06/25
Na coluna Ordem do Dia, o historiador, advogado e cientista político Marco Antônio Andere Teixeira faz uma breve análise sobre fatos do dia

Não foram poucas as vezes que esta coluna criticou a política fiscal do governo Lula. Crítica precedida por outras, de diferentes analistas, mundo afora.
A tais observações, Lula, pessoalmente, respondeu com desdém, soberba e com sua proverbial ignorância. Que se realiza através de um besteirol sem fim e na persistência da gastança.
Esse comportamento, nitidamente populista, revela a marca do "campanheiro" e a inexistência do Estadista.
Qual seja: as ações de governo visam a próxima campanha eleitoral. E não a resolução de desafios estruturais.
A atual novela do aumento do IOF, imposto que o governo tenta manipular, seria mais um capítulo do descontrole macroeconômico.
O governo chegou a confessar que haveria o risco da paralisação da istração pública, caso não se obtenha mais arrecadação. Tosco.
Há quem diga que Lula estaria possuído pelo espírito do governo Dilma. A única diferença estaria em Haddad que, felizmente, não é Mantega.
Não fosse isso, só Deus sabe onde estaríamos. Haja vista que Haddad tenta acertar, erra e muitas vezes recua. No governo Dilma havia somente o erro. E a desfaçatez fiscal.
O último ato veio do mercado internacional, entidade demonizada por Lula. A agência Moodys rebaixou o Brasil, sepultando a possibilidade do país alcançar o grau de investimento, perdido por Dilma e sua política econômica devastadora.
Não fosse o fato dessa mesma Agência, recentemente, ter rebaixado os títulos dos EUA, haveria uma chiadeira anti-americana. Uma espécie de surto psicótico de tipo ideológico.
As razões que levaram a Moodys a rebaixar o Brasil seriam as mesmas das quais falamos há tempos: uma política fiscal irresponsável.
A persistente inflação, que pune principalmente os mais pobres, seria um de seus indicadores mais cruéis.
O quadro se torna mais complexo diante de outros números: o PIB observou um expressivo aumento e o desemprego nunca esteve tão baixo.
Em que pese tais indicadores auspiciosos, a rejeição ao governo aumentou para 54%, segundo as últimas pesquisas. Com a palavra, o Sidônio.
A aceitação do governo vai mal mas ainda longe do rejeição de Dilma. Para tanto, Lula teria que derreter mais 20%.
Nesse caso, o fato de Haddad não ser Mantega seria irrelevante e o resultado das eleições de 2026 estaria contratado.
* Marco Antônio Andere Teixeira é historiador, advogado, cientista político (UFMG), pós-graduado em Controle Externo (TCEMG/PUC-MG), Direito istrativo (UFMG) e Ciência Política (UFMG). E-mail: [email protected]
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